tag:blogger.com,1999:blog-58477175744352766412024-03-08T04:29:17.394-08:00E-Cancer BlogAndré D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.comBlogger51125tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-5661339088929853932017-12-14T13:51:00.002-08:002017-12-14T13:51:17.175-08:00Este blog não vem sendo mais atualizado.<br />
Para notícias e novidades, sigam o novo site do <a href="http://www.sonhe.med.br/" target="_blank">Grupo SOnHe - Sasse Oncologia e Hematologia</a>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-42031558569675089222012-01-21T17:06:00.001-08:002012-01-21T17:08:38.206-08:00ASCO GI 2012Fim do congresso, de certa forma desapontador. Nenhuma grande novidade, e discussões confusas, com pouca relevância científica. Em alguns casos fica óbvio e constrangedor o conflito de interesses presente. De qualquer forma, foi notável a presença de muitos oncologistas brasileiros no evento. E muito importante também citar que a imensa maioria estava presente nas apresentações, já que em muitos congressos o turismo e as compras são mais valorizadas que a parte científica...<br />Na minha opinião, as apresentações mais importantes foram:<br /><br />- Abstract LBA385<br />Estudo prospectivo randomizado que avaliou em pacientes com câncer colorretal avançado politratados o uso de regorafenib (um inibidor de tirosina-quinase multi-alvo, mas com atividade principal em VEGF). Apesar dos resultados não serem espetaculares, houve benefício significativo em sobrevida global para os pacientes que receberam a nova droga, em relação a placebo. Como não há outra opção no momento para pacientes que já receberam fluoropirimidinas, oxaliplatina, irinotecan, bevacizumabe e cetuximabe - justamente a população do estudo - novas drogas são benvindas na prática clínica. Em um momento em que os ganhos em sobrevida livre de progressão são superexplorados, ganhos significativos em sobrevida global não devem ser menosprezados.<br /><br />- Abstract 386<br />Estudo prospectivo randomizado que avaliou a associação de 'brivanib alaninate' ao cetuximabe em pacientes com câncer colorretal metastático refratário a esquemas quimioterápicos contendo irinotecano e oxaliplatina. Comparado ao grupo que recebeu cetuximabe isolado, a associação da nova droga não demonstrou benefício significativo em sobrevida global (o desfecho primário). Apesar de um pequeno benefício observado em sobrevida livre de progressão, basicamente o estudo foi negativo. Uma pena, já que o racional biológico era interessante.<br /><br />- Abstract 156 <br />Avaliação econômica e de desfechos em pacientes com câncer de pâncreas ressecável - comparando cirurgia primeiro, versus combinação de quimioterapia e radioterapia neoadjuvantes. Demonstrou-se que o tratamento neoadjuvante (utilizando quimioterapia baseada em 5FU) é vantajoso tanto do ponto de vista financeiro quanto do ponto de vista clínico. Na minha opinião, muda minha conduta neste tipo de pacientes. <br /><br />Para ver mais sobre as apresentações, sugiro o site do evento (http://gicasym.org/).<br />Gostaria de ler mais opiniões sobre os trabalhos apresentados, com críticas e novos pontos de vista. <br /><br /><br />- Posted using BlogPress for iPad<br /><br /><p class='blogpress_location'>Location:<a href='http://maps.google.com/maps?q=San%20Francisco&z=10'>San Francisco</a></p>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-32985915096698563822012-01-03T07:15:00.000-08:002012-01-03T07:15:54.918-08:00De Rubem Alves, "Será que eu escapo dessa?"<div style="background-color: white; color: #333333; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;">Crônica publicada no Correio Popular, de Campinas-SP, acredito que em 2009. Não tenho a data exata, pois foi um paciente que leu, recortou e me entregou. Como achei muito relevante, gostaria de compartilhar com todos:</div><div style="background-color: white; color: #333333; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><br />
</div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;"><br />
</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">Meus leitores: Um médico do Conselho Federal de Medicina pediu-me que escrevesse um texto curto, a ser distribuído entre os médicos, sobre o médico diante de um paciente que vai morrer. Vai aí o texto e eu gostaria de saber como vocês se sentiram, na cabeça e no coração. Obrigado.</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">Doutor, agora que estamos sozinhos quero lhe fazer uma pergunta: "Será que eu escapo dessa?" Mas, por favor, não responda agora porque sei o que o senhor vai dizer. O senhor vai desconversar e responder: "Estamos fazendo tudo o que é possível para que você viva." Mas, neste momento, não estou interessada naquilo que o senhor e todos os médicos do mundo estão fazendo. Olhe, eu sou uma mulher inteligente. Sei a resposta para minha pergunta. Os sinais são claros. Sei que vou morrer.</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">O que eu desejo é que o senhor me ajude a morrer. Morrer é difícil. Não só por causa da morte mesma, mas porque todos, na melhor das intenções, a cercam de mentiras. Sei que na escola de medicina os senhores aprendem a ajudar as pessoas a viver. Mas haverá professores que ensinam a arte de ajudar as pessoas a morrer? Ou isso não faz parte dos saberes de um médico? Meus parentes mais queridos se sentem perdidos. Quando quero falar sobre a morte eles logo dizem: "Tira essa idéia de morte da cabeça. Você estará boa logo..." Mentem. Então eu me calo. Quando saem do quarto, longe de mim, choram.</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">Sei que eles me amam. Querem me enganar para me poupar de sofrimento. Mas são fracos e não sabem o que falar... Fico então numa grande solidão. Não há ninguém com quem eu possa conversar honestamente. Fica tudo num faz de contas...</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">As visitas vêm, assentam-se, sorriem, comentam as coisas do cotidiano. Fazem de contas que estão fazendo uma visita normal. Eu me esforço por ser delicada. Sorrio. Acho estranho que uma pessoa que está morrendo tenha a obrigação social de ser delicada com as visitas. As coisas sobre que falam não me interessam. Dão-me, ao contrário, um grande cansaço. Elas pensam que estou ali na cama. Não sabem que já estou longe. Sou "uma ausência que se demora, uma despedida pronta a cumprir-se..." Remo minha canoa no grande rio, rumo à terceira margem. Meu tempo é curto e não posso desperdiçá-lo ouvindo banalidades. Contaram-me de um teólogo místico que teve um tumor no cérebro. O médico lhe disse a verdade: "O senhor tem mais seis meses de vida..." Aí ele se virou para sua mulher e disse: "Chegou a hora das liturgias do morrer. Quero ficar só com você. Leremos juntos os poemas e ouviremos as músicas do morrer e do viver. A morte é o acorde final dessa sonata que é a vida. Toda sonata tem de terminar. Tudo o que é perfeito deseja morrer. Vida e morte se pertencem. E não quero que essa solidão bonita seja perturbada por pessoas que têm medo de olhar para a morte. Quero a companhia de uns poucos amigos que conversarão comigo sem dissimulações. Ou somente ficarão em silêncio."</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">Enquanto pude, li os poetas. Nesses dias eles têm sido os meus companheiros. Seus poemas conversam comigo. Os religiosos não me ajudam. Eles nada sabem sobre poesia. O que eles sabem são doutrinas sobre o outro mundo. Mas o outro mundo não me interessa. Não vou gastar o meu tempo pensando nele. Se Deus existe, então não há por que me preocupar com o outro mundo, porque Deus é amor. Se Deus não existe, então, não há por que me preocupar com o outro mundo porque ele não existe e nada me faltará se eu mesmo faltar. Ah! Como seria bom se as pessoas que me amam me lessem os poemas que amo. Então eu sentiria a presença de Deus. Ouvir música e ler poesia são, para mim, as supremas manifestações do divino.</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">A consciência da proximidade da morte me tornou lúcida. Meus sentimentos ficaram simples e claros. O que sinto é tristeza porque não quero morrer e a vida é cheia de tantas coisas boas. Um amigo me contou que sua filha de dois anos o acordou pela manhã e lhe perguntou: "Papai, quando você morrer você vai sentir saudades?" Foi o jeito que ela teve de dizer: "Papai, quando você morrer eu vou sentir saudades..."</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">Na cama o dia todo fico a meditar: "Nas escolas ensinam-se tantas coisas inúteis que não servem para nada. Mas nada se ensina sobre o morrer." Me diga, doutor: O que lhe ensinaram na escola de medicina sobre o morrer? Sei que lhe ensinaram muito sobre a morte como um fenômeno biológico. Mas o que lhe ensinaram sobre a morte como uma experiência humana? Para isso teria sido necessário que os médicos lessem os poetas. Os poetas foram lidos como parte do seu currículo? Nada lhe ensinaram sobre o morrer humano porque ele não pode ser dito com a linguagem da ciência. A ciência só lida com generalidades. Mas a morte de uma pessoa é um evento único, nunca houve e nunca haverá outro igual. Minha morte será única no universo! Uma estrela vai se apagar. </span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">Nesse ponto seus remédios são totalmente inúteis. O senhor os receita como desencargo de consciência, para consolar a minha família, ilusões para dizer que algo está sendo feito. O senhor está tentando dar. Não devia. Há um momento da vida em que é preciso perder a esperança. Abandonada a esperança, a luta cessa e vem então a paz.</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">E agora, doutor, depois de eu ter falado, me responda: "Será que eu saio dessa?" Então eu ficarei feliz se o senhor não me der aquela resposta boba, mas se assentar ao lado da minha cama e, olhando nos meus olhos, me disser: "Você está com medo de morrer. Eu também tenho medo de morrer..." Então poderemos conversar de igual para igual.</span></div><div style="background-color: white; font-family: palatino, georgia, verdana, arial, sans-serif; font-size: small; line-height: 26px;"><span style="color: blue;">Mas há algo que os seus remédios podem fazer. Não quero morrer com dor. E a ciência tem recursos para isso. Muitos médicos se enchem de escrúpulos por medo que os sedativos matem. Preservam a sua consciência de qualquer culpa e deixam o moribundo sofrendo. Mas isso é fazer com que o final da sonata não seja um acorde de beleza mas um acorde de gritos. A vida humana tem a ver com a possibilidade de alegria! Quando a possibilidade de alegria se vai, a vida humana se foi também. E esse é o meu último pedido: quero que minha sonata termine bonita e em paz. Morrendo...</span><br />
<span style="color: #333333;">Rubem Alves</span></div>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-75283465261032709532011-11-23T02:42:00.000-08:002011-11-23T02:42:13.024-08:00Doadores de Sabedoria<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/gWwwKr56GqY?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><br />
<div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal">Pacientes diagnosticados com doenças graves eternizam suas experiências e aprendizados, e nos ensinam a valorizar mais cada momento de nossas vidas. Vale muito a pena compartilhar esta iniciativa. Para saber mais: <a href="http://www.doadoresdesabedoria.com.br/home/" target="_blank">www.doadoresdesabedoria.com.br</a><o:p></o:p></div>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-24519053891634910162011-11-13T13:24:00.000-08:002011-11-13T13:24:27.335-08:00Dear 16-year-old Me (legendado)<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen='allowfullscreen' webkitallowfullscreen='webkitallowfullscreen' mozallowfullscreen='mozallowfullscreen' width='320' height='266' src='https://www.youtube.com/embed/unTLWjIBKDs?feature=player_embedded' frameborder='0'></iframe></div><a href="http://youtu.be/unTLWjIBKDs"></a><br />
<div><br />
</div>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-70048715729246056332011-09-20T06:12:00.000-07:002011-09-20T06:13:23.561-07:00Vacinas, cura do câncer e falsas esperançasNovamente recebi questionamentos de pacientes sobre uma possível vacina que poderia curar o câncer, desenvolvida no Hospital Sirio Libanes. Tal informação se baseia em um e-mail que circula desde 2005 a respeito de uma eventual esperança de cura para pacientes com câncer avançado.<br />
Tentando (e muitas vezes conseguindo) se aproveitar da boa vontade das pessoas - quase todos conhecem alguém que sofre com a doença - a mensagem nada mais é do que fraude, spam e mentiras.<br />
Transcrevo a mensagem repassada, que se inicia com um sugestivo "ESSA EU REPASSO COM MAIOR PRAZER, E ESPERO QUE VOCÊ FAÇA O MESMO, REPASSE A TODOS OS SEUS CONTATOS":<br />
<span style="color: red;">Vacina anti-câncer RINS E PELE</span><br />
<span style="color: red;">Boas notícias são para partilhar. </span><br />
<span style="color: red;">Já existe vacina anti-câncer (pele e rins). Foi desenvolvida por cientistas médicos brasileiros,uma vacina para estes dois tipos de câncer, que se mostrou eficaz, tanto no estágio inicial como em fase mais avançada.</span><br />
<span style="color: red;">A vacina é fabricada em laboratório utilizando um pequeno pedaço do tumor do próprio paciente. Em 30 dias está pronta, e é remetida para o médico oncologista do paciente. </span><br />
<span style="color: red;">Nome do médico que desenvolveu a vacina:José Alexandre Barbuto</span><br />
<span style="color: red;">Hospital Sírio Libanês - Grupo Genoma.</span><br />
<span style="color: red;">Telefone do Laboratório: 0800-7737327 - (falar com Dra. Ana Carolina ou Dra.. Karyn, para maiores detalhes)</span><br />
<span style="color: red;">www.vacinacontraocancer.com.br</span><br />
<span style="color: red;">Isto sim é algo que precisa ser repassado..........</span><br />
<span style="color: red;">Alguém pode estar precisando !!!!!</span><br />
<span style="color: red;">Por favor, divulguem esta vitória da medicina genética brasileira!!!!</span> <br />
<br />
Como o Hospital Sirio Libanes de São Paulo, instituição com alta credibilidade científica, foi utilizado como suposta fonte da informação, já na época foi emitida uma nota de esclarecimento, que também transcrevo abaixo:<br />
<br />
<span style="color: blue;">"Nota de esclarecimento sobre vacina contra o câncer </span><br />
<span style="color: blue;">Em razão da notícia que está circulando na Internet, a respeito de uma vacina para tratamento de pacientes com câncer, o Hospital Sírio-Libanês apresenta os seguintes esclarecimentos: Nunca houve qualquer relacionamento comercial entre o HSL, ou qualquer médico do Centro de Oncologia, e a empresa que está comercializando esta vacina. O HSL, seguindo sua vocação para o desenvolvimento de novas terapias, participou da pesquisa da vacina, contando inclusive com patrocínio oficial da FAPESP (Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de São Paulo). Os estudos foram acompanhados pelo Comitê de Ética e conduzidos de acordo com o código de boas práticas médicas. Os resultados da pesquisa mostram um grau de atividade limitado, beneficiando temporariamente apenas um pequeno número de pacientes. Até o presente momento não há qualquer evidência de cura que possa ser atribuída a estas vacinas. Baseados nos resultados, o grupo de oncologia do HSL considera que estudos adicionais são de interesse, mas que não há, ainda, dados suficientes para se prescrever esta modalidade de tratamento de forma geral. Portanto, ele não está sendo prescrito ou aplicado no Centro de Oncologia do HSL. Para evitar descontinuidade, pacientes em tratamento com a vacina deverão discutir suas opções com seu oncologista.</span><br />
<span style="color: blue;">Atenciosamente,</span><br />
<span style="color: blue;">Dr. Dário Birolini</span><br />
<span style="color: blue;">Diretor Clínico"</span><br />
<br />
Busquei pessoalmente mais informações sobre o médico e a pesquisa realizada. Dr. José Alexandre Marzagão Barbuto é medico registrado no CREMESP em 1982, com foto, endereço, especialidade e e-mail não autorizados para divulgação. Pesquisa por artigos com autoria ou co-autoria deste médico em bases de dados de publicações (PubMed) mostra um número razoável de publicações (36), a maioria delas sobre estudos pré-clínicos - com culturas de células, animais ou tecidos vivos. Especificamente sobre o tema, há dois artigos publicados, em 2003 e 2004, que cito abaixo:<br />
<br />
1. Artigo em que é relatado um caso de um paciente com câncer de rim, e que após ressecção de uma recidiva foi feita aplicação da vacina de células dendríticas. O paciente após seis meses apresentou novas lesões metastáticas, que não responderam a quimioterapia. O paciente evoluiu a óbito, posteriormente, por progressão da doença - não foi informado quanto tempo após. O artigo foi publicado em uma revista brasileira, com circulação internacional - a <em>International Braz J Urol </em>, revista oficial da Sociedade Brasileira de Urologia. <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15748305">O resumo pode ser encontrado aqui.</a><br />
<br />
2. Artigo em que são relatados resultados de uma séria de casos de pacientes com melanoma e câncer renal, tratados com a vacina de células dendríticas. Foram 39 pacientes tratados, e em apenas dois deles houve alguma regressão de volume tumoral, temporariamente. O tempo mediano para progressão da doença foi de 4 meses nos pacientes com melanoma, e 5,7 meses nos pacientes com câncer renal. Não está relatada o tempo de vida does pacientes. <a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/15185011">O resumo pode ser encontrado aqui.</a><br />
<br />
Em conclusão, as pesquisas publicadas aparentemente são sérias. Mas os resultados do ponto de vista clínico são irrelevantes. Mais estudos deveriam ser feitos, com melhores resultados, antes de se recomendar na prática. <br />
<br />
Apesar de ter recebido alguma divulgação na época (2005) por instituições respeitáveis, é importante ressaltar que não há nenhuma evidência de cura com este tipo de tratamento. O uso desta terapia é altamente questionável do ponto de vista médico. Mas do ponto de vista financeiro, é altamente rentável: para proceder com esta terapia, algum profissional retira o tumor cirurgicamente e a partir dele uma empresa produz a vacina, sendo que cada dose custava mais de R$3.500 (em 2005). Não tenho informações de quanto custaria hoje. Alegadamente seriam necessárias no mínimo duas doses. <br />
<br />
<strong>Importante: </strong>solicito que que receber este e-mail não o repasse, pois estará divulgando falsas notícias, falsas esperanças e ajudando a divulgar um embuste, com interesses comerciais.André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-29606908237119438082011-08-24T08:02:00.000-07:002011-08-24T08:05:03.314-07:00Quimioterapia em altas doses e transplante de medula óssea em mulheres com câncer de mamaJá foi moda nos Estados Unidos, após resultados de estudos iniciais. No Brasil houve muitos oncologistas que recomendavam às suas pacientes. Hoje não é mais realizado rotineiramente, após resultados de estudos mais consistentes.<br />
Pacientes com câncer de mama sem metástases à distância, operadas, mas com alto risco de recidiva têm indicado tratamento pós operatório com quimioterapia e eventualmente hormonioterapia. Para tentar aumentar a eficácia desse tratamento, e tentar diminuir o risco de metástases durante o acompanhamento posterior, pesquisadores na década de 1990 sugeriram que bastava aumentar a dose da quimioterapia, até níveis máximos. Para que não houvesse falência da produção de sangue novo (com anemia, plaquetopenia e leucopenia irreversíveis) com essa quimioterapia em dose máxima, era necessário guardar armazenar células da medula óssea da paciente, e reinjetá-las após o tratamento. Esse procedimento é chamado "quimioterapia em altas doses e transplante de medula óssea".<br />
Funciona bem em pacientes com determinados tipos de linfomas e leucemias.<br />
Mas um estudo publicado nesta semana no Journal of Clinical Oncology, a mais respeitada revista científica na área de oncologia, confirmou através de uma metanálise de 15 estudos publicados, com mais de 6000 pacientes, que esta prática é inútil, e muito mais tóxica que o tratamento convencional, quando feita em pacientes com câncer de mama.<br />
É bom saber que no início era até difícil incluir pacientes nos estudos, já que nas pesquisas as pacientes eram sorteadas para fazer ou o tratamento convencional, ou a quimioterapia em altas doses (com 50% de chance de cair em cada grupo). E poucas mulheres na época aceitavam a chance de não receber o novo tratamento. Achavam que o risco do câncer de mama voltar seria muito maior,se fizessem o tratamento convencional. Há inclusive um excelente livro (<a href="http://www.amazon.com/False-Hope-Marrow-Transplantation-Breast/dp/0195187768">infelizmente, encontrei apenas uma edição em inglês, aqui</a>) sobre a falsa esperança dada pela novidade, aliada à falta de responsabilidade dos médicos na época, que recomendavam um tratamento sem evidências claras e confiáveis de benefício.<br />
O tema não é novo, e as notícias não são boas. No entanto, a publicação deste artigo nos traz novamente a reflexão sobre como é importante fazer uma avaliação crítica das novidades médicas, os modismos, e a falta de preparo da comunidade médica em lidar com controvérsias.<br />
<a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/21768471">Quem quiser, poder ver um resumo do artigo, em inglês, aqui.</a>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-57669312989941169892011-08-18T11:44:00.000-07:002011-08-18T11:44:36.097-07:00Protetor solar reduz incidência de melanoma<br />
<div class="MsoNormal">A pele é o maior órgão do corpo humano e nos protege contra o calor, luz e infecções. Ela está exposta a vários agentes químicos e físicos que estão relacionados ao desenvolvimento e aparecimento do câncer, sendo o agente mais importante os raios ultravioletas solares (UV).</div><div class="MsoNormal">O câncer de pele é o tipo de câncer mais frequente, correspondendo a 25% de todos os tumores malignos registrados no Brasil. Entre todos os tipos histológicos, o mais temido é o melanoma, neoplasia originada dos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele. Embora o melanoma represente apenas 4% de todos os tumores de pele, ele é altamente agressivo e com grande capacidade de se espalhar (gerar metástases) para outros órgãos. Somente em 2010 ,foram registrados 5.930 novos casos de melanoma, no Brasil.</div><div class="MsoNormal">Embora pareça lógico o raciocínio de que o uso do protetor solar poderia proteger a pele contra os raios solares danosos e com isso diminuir o risco de câncer de pele , essa relação ainda era considerada controversa, principalmente com relação ao melanoma. A maioria dos estudos eram pequenos e conflitantes, e alguns até mostravam um aumento na incidência de melanoma nos grupos que mais usavam o protetor solar. Talvez porque esses indivíduos também eram os mais susceptivéis a câncer de pele, por serem, quase sempre ,de pele mais clara e viverem mais expostos ao sol. Entretanto,um <span> </span>estudo recente , publicado em Janeiro de 2011, por uma das mais importantes revistas oncológicas, o<span> <i>Journal of Clinical Oncology</i>,</span><span> </span>parece reforçar o efeito benéfico do protetor solar na luta contra o melanoma.</div><div class="MsoNormal">Esse estudo foi conduzido por um grupo de pesquisadores australianos e seguiu 1.621 pacientes adultos, de raça branca, residentes na cidade de Nambur, na Austrália. Os pacientes, que tinham entre 25 e 75 anos, foram selecionados em 1992, e divididos aleatoriamente em 2 grupos: um grupo (812 pacientes) usaria protetor solar diariamente<span> </span>na cabeça, nuca, braços e mãos; o outro grupo (809 pacientes) usaria o protetor livremente conforme o desejo de cada paciente, incluindo o não uso. O estudo durou até 1996 e os pacientes foram seguidos até 2006. O objetivo inicial era avaliar o impacto do uso do protetor solar na incidência de Carcinoma Basocelular e Carcinoma Epidermoide, tipos de câncer de pele, com altas taxas de cura, mas posteriormente, como objetivo secundário decidiu-se avaliar os efeitos sobre o melanoma. Entre 1996 e 2006 os pacientes eram avaliados e se houvesse suspeita de melanoma eram encaminhados para tratamento adequado.</div><div class="MsoNormal">Cerca de 75% dos pacientes do grupo do protetor solar aderiram ao tratamento proposto, enquanto, no grupo controle, mais de 70% não usavam protetor ou usavam com pouca freqüência. Após 15 anos de seguimento, houve o diagnóstico de melanoma em 36 pacientes entre os 1.651, sendo 11 casos no grupo que fez uso rotineiro do protetor e 22 casos no grupo controle. Houve portanto, uma redução de 50% no risco de incidência do melanoma com o uso diário de protetor solar, embora na analise estatística a significância desse resultado ainda seja discutível. Quando se analise apenas os melanomas invasivos a redução do risco foi de 73%.</div><div class="MsoNormal">Portanto, esse estudo populacional é único, nesses moldes, que acompanhou pacientes por um longo período, após serem submetidos ao uso diário de protetor solar e mostrou redução nas taxas de incidência do melanoma, em comparação com indivíduos que não fazem uso regular dessa proteção. Embora esses dados estejam de acordo com os conhecimentos sobre a carcinogênese dos tumores de pele é preciso que mais estudos sobre o assunto sejam realizados na tentativa de definir melhor o papel do protetor solar e qual o melhor momento para iniciar seu uso.</div><div class="MsoNormal"><br />
</div><div class="MsoNormal"><a href="http://jco.ascopubs.org/content/29/3/257.abstract">Para ver um resumo do artigo (em inglês) clique aqui.</a></div>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-36387340102590239342011-08-15T16:29:00.000-07:002011-08-15T16:29:50.167-07:00ASCO 2011<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">No encontro anual da ASCO (American Society of Clinical Oncology), em junho deste ano, foram apresentados os principais trabalhos em andamento. Muitos deles ainda não foram publicados, mas refletem o caminhar do conhecimento em oncologia do mundo.</span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">De todos os trabalhos apresentados, cinco foram considerados os de maior impacto.</span>Dois eram em oncologia pediátrica, um em GIST (um tipo raro de tumor) e dois em melanoma.<br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;"> Estes últimos foram os que chamaram mais a atenção de todos, porque podem significar um novo tratamento padrão para melanoma. </span><br />
<span style="font-family: 'Times New Roman', serif; font-size: 12pt;">Até hoje não havia nenhuma terapia que fosse eficaz contra essa doença - é usada nos pacientes com melanoma metastatico uma droga chamada dacarbazina, desenvolvida na década de 70, e que em 5 a 10% dos pacientes conseguia fazer os tumores encolherem, e mesmo assim por um curto espaço de tempo. Nunca se demonstrou um aumento na expectativa de vida dos pacientes.<br />
O primeiro estudo trouxe os resultados mais impressionantes, e comparou o uso de dacarbazina versus o de uma droga de alvo molecular chamada vemurafenibe. Essa droga age em uma mutação de uma proteína chamada BRAF. Essa mutação ocorre em cerca de metade dos casos de melanoma. O estudo:<br />
- avaliou 675 pacientes (todos com mutação do BRAF) de 103 centros de todo o mundo<br />
- dividiu de forma aleatorizada os pacientes em dois grupos, para receber dacarbazina ou vemurafenibe<br />
- mostrou que o grupo que recebeu vemurafenibe teve 74% de reducao do risco de progressao da doenca, mas principalmente 63% de redução do risco de morte<br />
- 5% dos pacientes que receberam dacarbazina tiveram redução do volume de doença, em contraste aos que receberam vemurafenibe, em que essa taxa foi de 48% <br />
Desta forma, há uma nova esperança para pacientes com melanoma metastatico. A detecção da mutação pode ser feita em laboratórios especializados, existentes no Brasil, e esperamos que o registro do medicamento para uso no Brasil e em todo mundo seja feita de forma rápida.<br />
<br />
</span>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-67986684485298041022011-02-24T07:56:00.000-08:002011-02-24T08:26:00.705-08:00Especialistas questionam o "brilhante conceito" do Avastin, após resultados fracos de estudos clínicosA Bloomberg trouxe ontem uma discussão de especialistas sobre os reais benefícios do uso do Bevacizumabe (nome comercial Avastin) em vários tipos de câncer.<br />
O Bevacizumabe foi visto inicialmente como uma forma inovadora e brilhante de atacar as células tumorais: privando-as do fluxo sanguíneo. Como droga atuante na angiogênese (formação de microvasos sanguíneos), estudos iniciais demonstraram que realmente havia diminuição da circulação sanguinea tumoral, após a aplicação do medicamento. Esperava-se também a ausência de efeitos colaterais...<br />
O problema foram os resultados de estudos clínicos mais bem conduzidos, e que compararam pacientes com vários tipos de câncer que utilizaram o Avastin em combinação com quimioterapia, com pacientes semelhantes mas que receberam somente quimioterapia, sem o Avastin.<br />
A discussão dos especialistas sugere que os benefícios encontrados foram pequenos, não clinicamente significantes. E que os riscos do uso do Avastin são problemáticos - os principais efeitos colaterais encontrados foram aumento do risco de sangramentos, trombose e perfurações intestinais. Apesar de não muito comuns, os efeitos colaterais encontrados colocam em risco a vida dos pacientes, e frequentemente aparecem de forma súbita.<br />
O Avastin é hoje uma das drogas mais rentáveis da indústria farmacêutica, gerando no mundo uma receita anual de cerca de quase 7 bilhões de dólares à Roche, sua fabricante. É também um dos principais problemas dos planos de saúde no Brasil e em outros países do mundo, devido ao seu altíssimo custo. Logicamente, esse custo se deve ao caráter inovador do medicamento, mas também à agressiva estratégia de marketing do seu fabricante.<br />
O Avastin é hoje aprovado pela ANVISA no Brasil para ser associado à quimioterapia em pacientes com câncer avançado de colon, pulmão e mama. Com a demonstração das limitações do medicamento, nos dias de hoje, é provável que a discussão se estenda mais, e que se criem mais limitações para seu uso.<br />
Também será necessária a discussão de formas mais responsáveis de avaliação de novas drogas e tecnologias, com ponderação baseada em boas evidências científicas. Somente assim será possível, antes de expor pacientes a riscos desnecessários, avaliar de forma correta a relação risco/benefício de novas terapias contra o câncer.<br />
O <a href="http://www.cevon.com.br/">CEVON (Centro de Evidências em Oncologia), da UNICAMP</a>, é um dos centros de pesquisa no Brasil que tem como missão tentar fazer essas avaliações de tecnologia, e ajudar a sociedade médica e científica a se manter atualizada, porém com responsabilidade e baseada sempre nas melhores evidências disponíveis. Como coordenador deste centro, acredito que a educação médica é a principal forma de lidarmos com estes questionamentos. Um médico bem informado e crítico pode repassar essas informações sobre riscos/benefícios para cada um de seus pacientes, e decidir em conjunto a melhor terapia, individualmente .<br />
<br />
<a href="http://www.bloomberg.com/news/2011-02-22/roche-s-brilliant-concept-fades-after-studies-make-cancer-doctors-pause.html">Para quem quiser ler a discussão completa, em inglês, clique aqui.</a>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-11936611350626393492011-02-11T03:14:00.000-08:002011-02-11T03:17:24.135-08:00Aspirina pode diminuir o risco de morte por Câncer<p class="MsoNormal" style="text-align:justify">No mundo moderno, o risco de se desenvolver um câncer ao longo da vida é da ordem de 40% e vem aumentando rapidamente. Só na Europa são 3,2 milhões de novos casos todos os anos, com 1,7 milhões de mortes. A previsão do Instituto Nacional do Câncer (<i style="mso-bidi-font-style:normal">INCA)</i> para o Brasil em 2011 são de 500 mil novos casos. Apesar do desenvolvimento de novas drogas para o tratamento, não surgiram nos últimos anos medicações de grande impacto na prevenção do câncer. Em estudos com modelos animais a aspirina se mostrou eficaz em diminuir a incidência de vários tipos de tumores. No entanto, nos estudos com humanos os dados eram conflitantes, parecendo haver relação entre uso de aspirina<span style="mso-spacerun:yes"> </span>e menor incidência de adenomas benignos (lesões pré-malignas em intestino), mas sem evidências claras <span style="mso-spacerun:yes"> </span>na diminuição da incidência e morte por câncer.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Estudo recente publicado na edição de janeiro da revista médica inglesa <i style="mso-bidi-font-style:normal">The Lancet </i>sugere que o uso diário de aspirina por 5 anos ou mais poderia reduzir o risco de morte por vários tipos de neoplasias. Essa é a conclusão de uma análise de vários estudos que primariamente <span style="mso-spacerun:yes"> </span>tinham como objetivo avaliar essa medicação na prevenção de eventos cardiovasculares. Os pesquisadores analisaram de forma agrupada oito estudos randomizados (com um total de 25.570 pacientes) onde os pacientes eram alocados para receber aspirina diariamente ou placebo ou outro antiplaquetário, com duração mínima de quatro anos. Esses pacientes foram acompanhados durante o estudo e após o término dos mesmos por até 20 anos e aqueles que morreram durante o estudo ou follow-up tinham a causa da morte determinada.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Os dados desta publicação mostraram que os pacientes que receberam aspirina diariamente morreram menos por câncer. O beneficio da aspirina começa a aparecer apenas após 5 anos do seu uso e parece ter diminuído as mortes por câncer não apenas de trato gastrointestinal, mas também de outros tumores , como de cérebro, pulmão e próstata. No entanto não teve impacto na redução de outros tumores, como as doenças malignas hematológicas. A redução do risco de morte por câncer nos pacientes que usaram aspirina foi de 33%, sendo uma redução de 54% para os tumores<span style="mso-spacerun:yes"> </span>gastrointestinais, com <span style="mso-spacerun:yes"> </span>as maiores quedas observadas em <span style="mso-spacerun:yes"> </span>esôfago e intestino. Mesmo após 20 anos de seguimento os benefícios da aspirina se mantiveram.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">A redução de morte por alguns tumores só foi observada tardiamente, como no caso de tumores de pâncreas após sete anos e tumores de estômago e intestino após dez anos. Os resultados independem do sexo, da raça, se o paciente fumava ou não e da dose de aspirina usada (mínimo de 75 mg/dia). Mas o impacto foi maior nos pacientes com mais de 65 anos e quanto maior o tempo de uso da aspirina. Além disso, os resultados foram semelhantes entre os oito estudos, sugerindo maior consistência dos dados.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">No entanto, é preciso considerar algumas limitações e alguns possíveis vieses que podem ter interferindo no resultado. Primeiramente, esses estudos não foram desenhados para determinar o impacto da aspirina na incidência e mortalidade por câncer e sim o seu efeito relacionado a eventos cardiovasculares. Além disso, a maior incidência de anemia e sangramento no grupo da aspirina pode ter levado a uma maior investigação e detecção precoce de câncer. E finalmente, houve uma redução em todas as causas de morte no grupo da aspirina e não somente por neoplasia. Isso significa que novos estudos precisam ser realizados na tentativa de determinar de forma consistente e definitiva o beneficio da aspirina na prevenção do câncer.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Mas esse é o primeiro grande estudo que mostrou haver diminuição na incidência e mortalidade de diversos tipos de neoplasias solidas, não apenas tumores intestinais, em pacientes que fizeram uso de aspirina por no mínimo 5 anos. Além disso, esse beneficio não foi encontrado em nenhum outro agente antiplaquetário, o que coloca a aspirina como uma droga potencialmente efetiva na prevenção de mortes por câncer. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><o:p> </o:p></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style: normal">Resenha de artigo publicado no Lancet. 2011 Jan 1;377(9759):31-41.<o:p></o:p></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><i style="mso-bidi-font-style: normal"><span class="Apple-style-span" style="font-style: normal; color: rgb(255, 102, 102); ">Por Vinicius Correa da Conceição - médico oncologista do Instituto do Radium de Campinas e do Hospital Vera Cruz de Campinas</span></i></p>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-6677802130254810482011-01-17T13:28:00.000-08:002011-01-17T13:29:50.736-08:00Planos de saúde terão que justificar negativas de cobertura<span style="font-size:9.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;color:#333333; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA"><div><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;color:#333333; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA">Transcrevo importante notícia divulgada pela Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica:</span></div><div><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;color:#333333; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA"><br /></span></div><div><span style="font-size:9.0pt;font-family:"Arial","sans-serif"; mso-fareast-font-family:Calibri;mso-fareast-theme-font:minor-latin;color:#333333; mso-ansi-language:PT-BR;mso-fareast-language:PT-BR;mso-bidi-language:AR-SA"><br /></span></div>"Operadoras de planos de saúde que negarem qualquer tipo de atendimento ou liberação para procedimentos terão que fazê-lo por escrito e incluir fundamento legal e contratual da recusa. O procedimento só acontece hoje mediante pedido formal do beneficiário do plano e vai facilitar ações judiciais para garantir a cobertura. A medida está em projeto de lei apresentado pelo deputado federal Chico Lopes (PCdoB-CE).<br /><br />O texto também obriga as empresas a informarem, a cada três meses, o número e motivos das negativas à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e outros órgãos. Outras mudanças na lei dos Planos de Saúde fazem parte da proposta do parlamentar cearense. Maria Inês Dolci, advogada da Pro-Teste, que participou da elaboração do projeto, aponta que essa obrigação é bem vinda.<br /><br />Hoje as negativas costumam ser dadas por telefone ou devolução do pedido, sem maiores explicações. "Consumidor tem direito a saber o motivo, mas não há regra que obrigue a justificar, ainda mais por escrito. O usuário dos planos sai ganhando com essa medida", avalia.<br /><br />Ela não acredita que a recusa documentada aumente o número das ações na Justiça, mas vai ajudar a garantir o direito do consumidor. "Hoje o consumidor entra na justiça de qualquer maneira quando precisa de procedimento que é negado. Após pedido de liminar, a Justiça avalia se a negativa tem fundamento, mesmo sem justificativa do plano", explica.<br /><br />Para o presidente da Associação Brasileira de Medicina de Grupo (Abramge) no Rio, Sérgio Vieira, a medida é positiva por proteger o consumidor. Ele destaca, porém, que a justificativa já é feita quando o usuário faz uma reclamação à ANS. Uma vez aberta a Notificação de Investigação Preliminar (NIP), a operadora tem cinco dias para justificar a recusa e apontar uma solução para o problema."Isso já vem sendo feito", argumenta.<br /><br />Fonte : Agência Brasil "</span>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-57914175485652310502010-12-19T05:23:00.001-08:002010-12-19T05:27:15.302-08:00FDA suspende aprovação do Avastin em câncer de mama nos EUA. Europa diverge.O FDA (Food and Drug Administration) órgão que regulamenta as indicações de medicamentos nos EUA, nesta semana informou que tomará providências para suspender a aprovação do Avastin (Bevacizumabe) para pacientes com câncer de mama avançado.<br />O órgão havia concedido a aprovação inicialmente em caráter provisório, logo após publicação de artigo demonstrando que a associação do Bevacizumabe à quimioterapia convencional com Paclitaxel melhorava a taxa de controle da doença e a duração desse controle.<br />Após a publicação de outros estudos, avaliando a combinação do Bevacizumabe a outros tipos de quimioterapia, verificou-se que os resultados não são homogêneos, e que mais estudos talvez tenham que ser feitos para melhor identificar as pacientes que podem se beneficiar do uso do tratamento combinado. Após consulta a um grupo de especialistas, houve a recomendação de suspender a aprovação em bula. A alegação principal é que se utilizado em todas as pacientes os riscos de efeitos colaterais podem superar os eventuais benefícios.<br />A medida ainda não afeta pacientes e médicos. Durante um tempo, ainda não definido, o FDA manterá o registro em bula para que haja a possibilidade de discussão do assunto entre médicos oncologistas e pacientes.<br />No Brasil a ANVISA ainda não se pronunciou sobre o assunto, e o Avastin continua com sua aprovação mantida, em bula.<br />Na Europa, o EMEA, órgão que regulamenta as indicações no continente, afirmou que manterá a aprovação, cabendo aos médicos a discussão com os pacientes sobre a relação riscos/benefícios do Bevacizumabe.<br />Na minha opinião o tema é muito complexo, e envolve a discussão sobre o que esperamos das novas tecnologias, e o quanto estamos dispostos a pagar por pequenos avanços no tratamento do câncer. Realmente nem todas as pacientes têm a necessidade de usar o Bevacizumabe. Por outro lado, negar simplesmente o acessso a todas elas pode representar um retrocesso marcante.<br />O ideal seria programar mais estudos para tentar identificar pacientes que mais se beneficiam de cada tipo de tratamento, para maximizar os potenciais benefícios.<br /><br />André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-34903903965900676872010-12-07T14:25:00.000-08:002010-12-07T14:28:12.737-08:00Justiça Federal derruba liminar e libera prática da ortotanásia no PaísCom decisão, médicos poderão suspender tratamentos invasivos que prolonguem a vida de pacientes em estado terminal, sem chances de cura, de acordo com a vontade do doente ou de seus familiares. Não há uma indução da morte, como ocorre na eutanásia<br /><br />A Justiça Federal revogou a liminar que suspendia a regulamentação da ortotanásia no Brasil. Em sua decisão, que deve ser publicada no Diário Oficial na próxima semana, o juiz Roberto Luis Luchi Demo julgou improcedente a ação do Ministério Público que apontava a inconstitucionalidade da medida. Dessa forma, os médicos ficam definitivamente respaldados para recorrer à prática.<br /><br />Aceitação. Médicos que trabalham em UTI defendem cuidados paliativos e diminuição dos procedimentos desnecessários<br /><br />A ortotanásia é a suspensão de tratamentos invasivos que prolonguem a vida de pacientes em estado terminal, sem chances de cura. Para isso, o médico deve ter a anuência do doente ou, se este for incapaz, de seus familiares. Ao contrário do que acontece na eutanásia, não há indução da morte.<br /><br />São exemplos conhecidos de prática da ortotanásia o caso do papa João Paulo II, morto em 2005, e do ex-governador de São Paulo Mário Covas, que optou por passar os últimos momentos de vida recebendo apenas cuidados paliativos.<br /><br />A situação vivida por ele levou à aprovação de uma lei estadual que dá aos doentes o direito de não se submeter a tratamentos dolorosos e inúteis quando não há chance de cura.<br /><br />A prática está alinhada com o novo Código de Ética Médica (CEM), que entrou em vigor em abril deste ano e determina que o médico ofereça cuidados paliativos para deixar o paciente confortável e evite exames ou tratamento desnecessários que prolonguem o processo de morte.<br /><br />"No código, colocamos a questão da ortotanásia de maneira mais branda, mas já apontamos o caminho dos cuidados paliativos", explica Roberto D"Avila, presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM).<br /><br />A polêmica. Embora nunca tenha sido considerada infração ética ou crime, muitos médicos hesitavam em praticar a ortotanásia por medo da reação dos familiares e dos colegas ou por convicção. Em 2006, o CFM aprovou uma resolução regulamentando a prática. O texto deixava claro que tratamentos desnecessários poderiam ser interrompidos quando não houvesse chance de cura. Isso inclui, por exemplo, desligar o aparelho de um paciente na UTI e deixá-lo passar seus últimos dias em casa, se essa for sua vontade. Mas o então procurador dos Direitos do Cidadão do Distrito Federal, Wellington Oliveira, entendeu que a ortotanásia não está prevista na legislação brasileira e a resolução estimularia os médicos a praticar homicídio. Ingressou com ação civil pública, alegando que somente uma lei poderia permitir tal prática. No ano seguinte, obteve liminar na Justiça Federal em Brasília suspendendo a resolução.<br /><br />Em agosto deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) revisou a ação. A procuradora Luciana Loureiro, que sucedeu Oliveira no processo, afirmou que a ação confundiu ortotanásia com eutanásia.<br /><br />Com base no novo parecer do MPF e outras manifestações favoráveis à ortotanásia, Luchi Demo julgou a ação improcedente. Em sua sentença, o magistrado relata que, após refletir muito sobre o tema, chegou à convicção de que a resolução do CFM não é inconstitucional.<br /><br />"Alinho-me pois à tese defendida pelo Conselho Federal de Medicina em todo o processo e pelo Ministério Público Federal nas sua alegações finais, haja vista que traduz, na perspectiva da resolução questionada, a interpretação mais adequada do Direito em face do atual estado de arte da medicina. E o faço com base nas razões da bem-lançada manifestação da ilustre procuradora da República Luciana Loureiro Oliveira", diz o texto.<br /><br />Repercussão. Em entrevista ao Estado, D"Avila comemorou a decisão e afirmou ter sido positiva a discussão que a ação do MPF suscitou na sociedade nos últimos três anos. "Isso ajudou a amadurecer o entendimento de que com o avanço da tecnologia é preciso impor limites para que não se prolongue o processo de morte inadequadamente", afirmou o médico.<br /><br />Membros da Associação de Medicina Intensiva Brasileira (Amib) também comemoraram a decisão, conta Rachel Moritz, Presidente do Comitê de Terminalidade da Vida e Cuidados Paliativos da entidade. "Essa discussão chegou à medicina intensiva há mais tempo, pois lidamos muito com alta tecnologia", explica. "Todos os médicos, quando entendem o conceito de deixar morrer no tempo certo, concordam com a ortotanásia."<br /><br />A Igreja Católica, que em outras ocasiões havia se manifestado favorável à prática, considera uma boa notícia a revogação da liminar. "A Igreja considera imorais tanto a eutanásia como a distanásia. Nos dois casos, a vida humana é desrespeitada", afirma d. Antonio Augusto Dias Duarte, membro da Comissão de Bioética da Comissão Pastoral Episcopal para a Vida e a Família da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). "De qualquer forma, o texto da resolução do CFM poderia ser mais explícito", pondera d. Antonio. "Como trata da vida das pessoas com doenças incuráveis, deveria deixar claro que a eutanásia é um mal."<br /><br />Fonte: <a href="http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20101204/not_imp649301,0.php">O Estado de São Paulo</a><br /><div>(Karina Toledo)</div>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-52090281221954025652010-11-19T07:22:00.000-08:002010-11-19T07:27:13.775-08:00Carla Bruni deve inaugurar ala de hospital em BarretosA primeira-dama da França, Carla Bruni, deve visitar Barretos (423 km de São Paulo) entre março e abril de 2011 para inaugurar um núcleo de cirurgia robótica no Hospital de Câncer. O Hospital de Câncer de Barretos é uma das principais referências no tratamento da doença no país.<br /><br />Bruni vai ser a madrinha do IRCAD, instituto francês de cirurgia laparoscópica, que treina médicos para fazer cirurgias minimamente invasivas, utilizando auxílio de robôs.<br /><br />O HC de Barretos é conhecido por batizar alas com o nome de artistas, com o objetivo de trazer divisas ao hospital. Além da inauguração da ala em Barretos, a primeira-dama usará sua popularidade para angariar fundos para o hospital. Carla Bruni também deve fazer um show em São Paulo em um jantar beneficente.André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-72058986062922103102010-09-07T17:26:00.000-07:002010-09-07T17:35:29.962-07:00Medicamentos orais contra osteoporose podem aumentar risco de câncer de esôfagoUm grupo de drogas usadas para prevenir a perda de massa óssea em pacientes com osteoporose podem aumentar o risco do desenvolvimento de câncer de esôfago.<br />Essa foi a conclusão de artigo recente publicado no British Medical Journal, uma das mais respeitadas revistas médicas do mundo.<br />Pacientes que usaram os medicamentos (conhecidos como bisfosfonatos) por mais que cinco anos tiveram duas vezes mais chances de desenvolver câncer de esôfago do que os que nunca utilizaram.<br />Medicamentos da classe dos bisfosfonatos ajudam a manter a estrutura e a mineralização óssea. Eles foram associados a inflamações no esôfago, azia e náusea. O risco do desenvolvimento do câncer de esôfago é baixo, no entanto, especialmente se os pacientes não forem tabagistas. Os médicos pesquisadores informaram que não é necessário que as pessoas que estão usando os bisfosfonatos parem de utilizá-los, mas que discutam com seu médico os riscos e benefícios do seu uso.<br /><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20813820">Veja o resumo do artigo (em inglês) aqui.</a>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-31775996189693924952010-09-07T17:20:00.000-07:002010-09-07T17:36:32.168-07:00CFM desiste de criar restrições para patrocínios de viagens a médicosO Conselho Federal de Medicina (CFM) desistiu de fazer uma resolução para restringir a ida de médicos a eventos científicos com o patrocínio da indústria farmacêutica. A regulação específica do tema poderia gerar punições, entre elas até a cassação do médico que a desrespeitasse. Um eventual acordo com a indústria farmacêutica também foi protelado para mais discussões.<br />"Não queremos resolução proibindo. Seria difícil fiscalizar. Queremos agir na base do convencimento, da argumentação", afirmou o presidente do CFM, Roberto D’ Ávila.<br />No fim de junho, ao anunciar a promessa, D’ Ávida disse a um jornal que a restrição, especialmente para viagens de médicos que não vão apresentar trabalhos científicos, era um caminho sem volta. Afirmou ainda que, se não ocorresse acordo com a indústria, a medida seria feita via resolução e prometeu apresentar a proposta no dia 16 de julho.<br />A ideia, afirma agora o presidente do CFM, é buscar um "termo de ajustamento de conduta" com a indústria para evitar situações como a viagem patrocinada de profissionais que não apresentam trabalhos científicos nos eventos. Os médicos, no entanto, não poderão ser punidos com base nesse termo.<br />Segundo a reportagem do jornal O Estado de São Paulo apurou, houve forte reação de médicos, especialmente da Associação Médica Brasileira (AMB), e da indústria promotora de eventos.<br /><br />Veja mais <a href="http://www.fenafar.org.br/portal/medicamentos/62-medicaments/586-cfm-desiste-de-restringir-viagens-de-medicos-pagas-por-laboratorios.html">aqui</a>.<br /><span style="font-style:italic;">Fonte: O Estado de São Paulo</span>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-66951401035692546472010-07-17T13:22:00.001-07:002010-07-17T13:22:51.401-07:00FDA questiona o uso de Bevacizumabe em pacientes com câncer de mama<p> </p> <p>A Agência de Drogas e Alimentos dos Estados Unidos (FDA, pela sigla em inglês) questionou o benefício do uso do medicamento Bevacizumabe, produzido pela Roche, no tratamento do câncer de mama.</p> <p>A agência disse que a magnitude de melhora vista entre mulheres tratadas com quimioterapia em conjunto com o Bevacizumabe, comparada com as que recebem apenas quimioterapia, "não é clinicamente significativa". A agência também disse que há mais efeitos colaterais sérios entre mulheres que usam o medicamento.</p> <p>O FDA divulgou as informações em seu site hoje, antes da reunião do comitê consultivo que vai discutir no assunto na próxima terça-feira. O produto foi aprovado para tratamento do tipo mais comum de câncer de mama, em 2008, para uso combinado com o quimioterápico paclitaxel, sob um mecanismo conhecido como aprovação acelerada. Esse mecanismo permite que medicamentos sejam aprovados em estudos iniciais. As empresas têm de apresentar dados novos para conseguir a aprovação completa. No Brasil o Bevacizumabe não foi aprovado pela ANVISA para o tratamento do câncer de mama.</p> <p>O principal estudo que sustentou a aprovação acelerada do Bevacizumabe mostrou que o medicamento aliado ao paclitaxel elevava em cinco meses a mediana do tempo para piora do câncer. Mas o estudo não mostrou aumento estatisticamente significativo na sobrevivência gerno tempo de vida total das pacientes – o que é considerado a medida ideal de eficácia.</p> <p>O Bevacizumabe, com o nome comercial Avastin, é utilizado em vários países no mundo, associado à quimioterapia, também para neoplasias de intestino, pulmão e rim.</p> <p>Fonte:  <a href="http://www.medpagetoday.com/HematologyOncology/BreastCancer/21218" target="_blank">MedPage Today</a></p> André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-64174096929670286822010-06-30T15:04:00.001-07:002010-06-30T15:06:57.379-07:00Médicos vão ter restrições para viagens patrocinadas para congressos<p>“O CFM (Conselho Federal de Medicina) vai limitar viagens de médicos para congressos com despesas pagas pela indústria farmacêutica, informa reportagem de <b>Cláudia Collucci</b>, publicada nesta quarta-feira no jornal <b>Folha de São Paulo</b>. Estará liberado só quem der palestras ou cursos nos eventos.</p> <p>O presidente do CFM, Roberto D'Ávila, afirma que a decisão é um caminho sem volta. Se não houver acordo com os laboratórios, ela virá em forma de resolução. Segundo D'Ávila, a ideia é criar regras transparentes.</p> <p>Estudos mostram que, ao oferecerem favores, determinadas indústrias obtêm vantagens na prescrição de produtos. Médicos concordam em evitar abusos, mas temem prejuízos à atualização profissional.”</p> <p>Fonte (apenas para assinantes UOL ou do jornal): <a href="http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd3006201001.htm">http://www1.folha.uol.com.br/fsp/saude/sd3006201001.htm</a></p> André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-21584969979795042242010-06-02T07:45:00.001-07:002010-06-02T07:45:19.502-07:00Clínicas de Oncologia: Esclarecimento aos usuários da UNIMED Campinas - restabelecendo a verdade dos fatos<p>“As clínicas de oncologia ao final assinadas, esclarecem, em respeito ao restabelecimento da verdade dos fatos, que: </p> <ul> <li>Após mais de oito anos de relacionamento contratual, a Unimed Campinas <b><u>impôs</u></b> uma inviável condição comercial para renovar os contratos, a valer a partir de 01/12/2009, que, se aceita pelas clínicas, as levariam à completa insolvência financeira. Essa proposta trazia <b>valores inferiores ao preço de custo dos tratamentos oncológicos,</b> portanto, seria verdadeiro suicídio financeiro aceitá-la, <b>não se tratando de mero desacordo comercial</b>;</li> </ul> <ul> <li>As clínicas de oncologia, responsáveis pelo atendimento de mais de 90% dos pacientes oncológicos adultos, <b><u>se negaram a assinar os novos contratos</u></b>, mas formalizaram inúmeras propostas de renegociação, <b>todas rejeitadas pela Unimed</b>, de modo que foram obrigadas a buscar o Poder Judiciário para restaurarem seu direito e de seus componentes, todos cooperados da própria Unimed;</li> </ul> <ul> <li>A Unimed criou um serviço próprio de quimioterapia para servir de parâmetro para as clínicas de seus cooperados. <b>Jamais comprovou essa condição</b>, nem mesmo quando compelida a fazê-lo em juízo, razão pela qual os cooperados continuarão questionando a legalidade desse serviço pela via judicial, até porque revelou-se mero instrumento de concorrência desleal imposto aos próprios cooperados; </li> </ul> <ul> <li>Os médicos oncologistas cooperados, que compõem as clínicas, enquanto perdurar essa lamentável situação, continuarão atendendo seus pacientes em consultas, lhes transmitindo sua opinião clínica, no entanto, a prescrição e a responsabilidade pelo procedimento quimioterápico, assim como seu acompanhamento, estarão a cargo, exclusivamente, dos médicos que os realizarem;</li> </ul> <ul> <li>A Unimed Campinas tem sido alvo de dezenas de ações judicial e, certamente, mantida essa lamentável situação, outras tantas virão, pura e simplesmente porque seus usuários, pessoas físicas e jurídicas, continuarão a buscar, pela via judicial, o direito de livre escolha que lhes foi tolhido, ao suprimirem a possibilidade de escolha entre as renomadas clínicas oferecidas até dezembro/2009, restando-lhes, exclusivamente, um serviço próprio que não conta com o apoio sequer dos médicos oncologistas cooperados.</li> </ul> <p>Campinas, 25 de maio de 2010.”</p> <p><b>Oncocamp – Clínica de Oncologia Diagnose e Terapia</b></p> <p><b>OCC – Oncologia Clínica de Campinas</b></p> <p><b>IOC – Instituto de Oncologia Clínica</b></p> <p><b>Oncologia e Hematologia de Campinas</b></p> <p><b>Instituto do Radium de Campinas</b></p> André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-54233430859194956112010-06-02T07:39:00.001-07:002010-06-02T07:39:57.705-07:00Estudos do mês – junho de 2010<p>A partir deste mês, pretendo deixar aqui uma seleção de artigos altamente relevantes e que foram publicados recentemente. A princípio ficarão apenas o título em português e um link para o resumo original, em inglês.</p> <p>Alguns deles serão selecionados para resenhas, ao longo do mês.</p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20430429" target="_blank">1) Retosigmoidoscopia flexível, realizada uma única vez, para rastreamento e prevenão de câncer colorretal: estudo prospectivo randomizado</a></p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19801201" target="_blank">2) Neurocognição em pacientes com metástases cerebrais, tratados com radiocirurgia ou com radiocirurgia associada à radioterapia de crânio total: resultados de um estudo randomizado</a></p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20368553" target="_blank">3) Estudo de fase III de bevacizumabe mais interferon em pacientes com câncer renal metastático: resultados finais de sobrevida global</a></p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20100962" target="_blank">4) Pazopanibe em pacientes com câncer renal metastático que progrediram com terapias prévias: resultados de estudo randomizado de fase III</a></p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20124169" target="_blank">5) Estudo randomizado comparando dose convencional e dose alta de radioterapia em pacientes com câncer de próstata localizado, em estágio inicial</a></p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19933908" target="_blank">6) Carboplatina e paclitaxel associados a vorinostat ou placebo em pacientes com câncer de pulmão do tipo células não-pequenas: resultados de estudo randomizado de fase III</a></p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/19571281" target="_blank">7) Estadiamento pré-operatório em pacientes com câncer de pulmão: importância do PetCT</a></p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20375404" target="_blank">8) Gemcitabina sozinha ou associada à cisplatina no tratamento de pacientes com câncer de vias biliares: resultado de estudo randomizado</a></p>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-35259606397036854462010-05-25T11:37:00.001-07:002010-06-02T07:41:29.080-07:00Para tentar entender um pouco do problema da quimioterapia, na UNIMED Campinas<p><strong>Junho de 2007 – anúncio da UNIMED Brasil</strong></p> <p>Sem aviso ou consulta prévia a qualquer cooperado, em junho de 2007 fomos surpreendidos por uma nota da UNIMED Brasil a seus associados:</p> <p>“UNIMED CAMPINAS CRIA SERVIÇO PRÓPRIO DE QUIMIOTERAPIA AMBULATORIAL</p> <p>As reformas do espaço de 800 m² em Campinas têm previsão de término no final do segundo semestre e terão um investimento de R$ 500 mil.</p> <p>Música ao vivo e ambiente acolhedor são as promessas para o novo empreendimento. Emílio de Oliveira Issa, presidente da Unimed Campinas, diz que oferecer um atendimento humanizado é uma das prioridades do novo serviço próprio. “A comunidade perceberá que ofereceremos um local com um ambiente humanizado e tecnicamente correto”.</p> <p><strong>Fevereiro de 2009 – inaugurado o CQA</strong></p> <p>Ao contrário da previsão inicial, foram divulgados custos de aproximadamente R$ 1,8 milhões. Os custos reais foram solicitados pelos cooperados oncologistas. A diretoria da UNIMED Campinas negou a informação, com a alegação de serem dados “estratégicos”.</p> <p>Foram contratados dois médicos oncologistas, não cooperados, assalariados (com salário equivalente a de diretores, segundo informação obtida verbalmente de um dos contratados) para conduzirem o serviço.</p> <p><strong>Dezembro de 2009 – anunciado o descredenciamento das clínicas de oncologia de Campinas</strong></p> <p>Nota de esclarecimento da UNIMED Campinas:</p> <p>“O pedido de descredenciamento partiu das clínicas de Oncologia. A solicitação foi apresentada à Unimed Campinas no dia 01.12.2009 e, conforme previam os contratos, os atendimentos estenderam-se por mais 30 dias, sendo encerrados em 31.12.2009, sem qualquer prejuízo aos usuários da Cooperativa médica.</p> <p>…</p> <p>Para os pacientes em tratamento, o descredenciamento em nada alterará o atendimento, que prosseguirá até o seu término junto às clínicas que se descredenciaram, pois foram mantidas as cláusulas contratuais anteriores a 01.12.2009.</p> <p>Já os novos casos, diagnosticados a partir de janeiro de 2010, estão sendo atendidos pelo Centro de Oncologia Ambulatorial da Unimed (CQA – serviço próprio da Unimed Campinas) e pelo Centro de Oncologia de Campinas (COC) e Centro Infantil Boldrini, que continuam como serviços credenciados da Unimed Campinas para os tratamentos quimioterápicos, mantendo-se, assim, o direito da livre escolha pelos pacientes.”</p> <p><strong>Maio de 2010 – anunciado novo “método” para avaliar se um paciente é “caso novo” e inviabilizar o tratamento nas clínicas:</strong></p> <p>1. Beneficiários que nunca tenham recebido terapia oncológica através do Sistema Unimed;</p> <p>2. Beneficiários que não tenham recebido terapia oncológica parenteral, tratamento cirúrgico ou radioterapia por um período superior a um ano;</p> <p>3. Beneficiários que apresentam mudança de diagnóstico, independentemente do tempo transcorrido entre o último tratamento e o novo diagnóstico.</p> <p>A Unimed Campinas se propõe a realizar o pagamento dos medicamentos deste tipo de paciente através de crédito na produção médica dos cooperados – como se fosse honorário médico – do valor proposto por ela em tabela própria - equivalente a 5% menos do que o custo real. Contando com pelo menos 27,5% de prejuízo decorrente do imposto de renda retido na fonte, as clínicas teriam pelo menos 32% de prejuízo por cada tratamento efetuado.</p> <p><strong>Maio de 2010 – Instituto do Radium de Campinas é descredenciado completamente – inclusive para os casos antigos</strong></p>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-79667246387150706492010-05-25T10:49:00.001-07:002010-06-02T07:41:14.460-07:00Clínicas de Oncologia contra a UNIMED Campinas<p>Exigência da Unimed Campinas criou uma mudança radical na forma de remuneração de medicamentos que as clínicas oferecem aos pacientes</p> <p>A criação de um serviço próprio de quimioterapia da Unimed Campinas criou transtorno nas clínicas de oncologia da cidade. Inaugurada no início de 2009, a unidade de tratamento de câncer da cooperativa fez com que o contrato com as clínicas Oncocamp, Oncomédica, OCC, IOC, Oncologia e Hematologia e Instituto do Radium sofresse uma exigência por parte da Unimed: a criação de uma tabela própria. <br />”Esses contratos estavam em andamento há nove anos. Antes essas clínicas tinham como base uma tabela da ABCfarma, onde os preços eram de fábrica - uma referência que as clínicas tinham para aplicar nos pacientes e os valores seriam restituídos com base na própria tabela. Agora, a Unimed simplesmente abandonou essa tabela e criou uma própria. As clínicas viram que essa lista não tinha vinculação com nenhuma outra, sendo os valores estipiuados arbitrariamente”, explica o advogado das clínicas, Paulo Fantoni ao ressaltar que a exigência da cooperativa criou uma mudança radical na forma de remuneração de medicamentos que as clínicas oferecem aos pacientes. <br />Em setembro de 2009 começou a negociação das clínicas com a Unimed Campinas para que esta exigência fosse revista. Sem obter sucesso, foram tentadas algumas alternativas que permitiam uma continuidade desses atendimentos nas unidades de oncologia. Porém, o novo contrato deveria ser assinado até dezembro de 2009 pelas seis clínicas de Campinas, que se viram sem alternativa e optaram por entrar na Justiça. <br />”Vínhamos negociando com a Unimed, mas ela se pôs muito intransigente nessa exigência. Agora as clínicas se viram numa situação sem poder continuar com o atendimento”, conta Fantoni. “Esse novo contrato não tem condição financeira de ser aceito.” <br />Até o momento, as clínicas entraram com duas ações na Justiça: uma que investiga o custo do Centro de Quimioterapia da Unimed; e uma proposta para tentar a manutenção do contrato anterior para os contratos novos. <br />De acordo com o advogado, a cooperativa de Campinas alega que o seu serviço próprio tem um custo operacional inferior aos das clínicas. “Queremos a apresentação desses custos. Eles precisam mostrar.” <br />Fantoni está confiante que a ação de manutenção do contrato será analisada pelo juiz, que vai notar o risco de descontinuidade do atendimento que o usuário pode ter com a suspensão do contrato. <br />O serviço de oncologia de Campinas e região era atendido quase que na sua totalidade por essas clínicas, segundo o advogado. Hoje, apenas os pacientes que já estavam em atendimento continuam com o serviço. “Sem atender novos casos, as clínicas estão tendo um custo muito alto e por isso há uma avaliação de que no curto prazo não seja mais possível continuar nem mesmo com os pacientes antigos. A receita das clinicas não vai ser suficiente para esses atendimentos”, ressalta. A situação pode deixar cerca de 700 pacientes em tratamento de câncer sem atendimento nos próximos três meses. <br />”Os médicos oncologistas cooperados, que trabalham nas clínicas, tentaram manter a realização dos procedimentos de quimioterapia, porém também foram proibidos de exercerem integralmente sua especialidade pela Unimed Campinas, ficando restritos ao atendimento de consultas”, conclui Fantoni. <br />Procurada, a Unimed Campinas informou por meio de sua assessoria de imprensa que não vai se pronunciar sobre o assunto.</p> <p> </p> <p>Fonte: <a href="http://www.advsaude.com.br/noticias.php?local=1&nid=4201">http://www.advsaude.com.br/noticias.php?local=1&nid=4201</a></p>André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-4639671456398590842010-04-20T06:51:00.001-07:002010-04-20T06:55:02.586-07:00Lembrete de vacinação H1N1<p>Só para lembrar que pacientes com câncer, estejam ou não em tratamento, devem ser vacinados contra a vacina H1N1.</p> <p>Entram na categoria de pacientes crônicos. A quimioterapia ou radioterapia não são contraindicações à vacina. Pelo contrário. Pacientes em quimioterapia, por exemplo, apresentam mais risco de quedqa da imunidade, e estão mais susceptíveis a complicações se foram infectados com o vírus da gripe.</p> <p>Segue abaixo o calendário oficial da vacinação (em postos de saúde). A data limite para pacientes com doenças crônicas com menos de 60 anos foi extendida até 23 de abril. Quem quiser pode se vacinar fora do cronograma, ainda, em clínicas particulares.</p> <p><a href="http://lh5.ggpht.com/_CE_ESGTrn_Q/S82xS52Ip_I/AAAAAAAAANA/NEeWOlpw-tQ/s1600-h/cronograma%20_vacinacao_480%5B4%5D.jpg"><img style="border-bottom: 0px; border-left: 0px; display: inline; border-top: 0px; border-right: 0px" title="cronograma _vacinacao_480" border="0" alt="cronograma _vacinacao_480" src="http://lh3.ggpht.com/_CE_ESGTrn_Q/S82xTvkr42I/AAAAAAAAANE/ENQBtM6cdl4/cronograma%20_vacinacao_480_thumb%5B2%5D.jpg?imgmax=800" width="403" height="274" /></a></p> André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-5847717574435276641.post-14660509868789424952010-04-20T06:44:00.001-07:002010-04-20T06:44:59.914-07:00Associação de cisplatina à gemcitabina é importante para pacientes com câncer de vias biliares<p>O câncer de vias biliares é bastante conhecido por sua agressividade. Apesar de ser incomum, não se pode dizer que é uma neoplasia rara. Além disso, a mortalidade associada ao diagnóstico é bastante alta.</p> <p>Quando o paciente apresenta doença metastática ou irressecável – que não é possível de ser retirada através de cirurgia – as opções de tratamento são bastante limitadas.</p> <p>Até pouco tempo atrás, não havia estudos que demonstrassem claro benefício no uso de quimioterapia para o controle da doença. Assim, muitos pacientes recebiam apenas tratamentos sintomáticos, para tentar preservar a qualidade de vida. A indicação de tratamento quimioterápico era questionável, pois os efeitos colaterais do tratamento não são poucos. Quando os benefícios não são palpáveis, a relação malefício/benefício fica duvidosa ao paciente. O tempo médio de vida deste tipo de paciente sempre permaneceu por volta dos 6 a 8 meses.</p> <p>No entanto, em 7 de abril deste ano foi publicado no <em>The New England journal of medicine</em>, uma das mais importantes revistas médicas do mundo, um estudo clínico envolvendo 410 pacientes de vários centros do mundo, que mudou um pouco nossa visão sobre a doença.</p> <p>Os pacientes foram divididos em dois grupos, de forma aleatória. Um dos grupos, com 204 pacientes, recebeu quimioterapia com gemcitabina e cisplatina. O outro, com 206 pacientes, recebeu quimioterapia apenas com gemcitabina.</p> <p>Sabe-se que a gemcitabina é pouco tóxica, e seus efeitos colaterais principais são hematológicos (anemia, queda do número de plaquetas, etc). E a cisplatina apresenta maiores riscos (náusea, vômitos, fraqueza, entre outros).</p> <p>Mas os resultados desse estudo demonstraram que quem recebeu a quimioterapia mais agressiva (com cisplatina e gemcitabina) apresentou maiores taxas de controle da doença, e principalmente viveu mais tempo – tempo mediano de vida de aproximadamente 1 ano. Não parece muito (aproximadamente 4 meses de ganho), mas do ponto de vista estatístico é muito importante. A partir deste estudo, o novo tratamento padrão para este tipo de pacientes, quando possível, passa ser esta combinação de medicamentos.</p> <p>Mais estudos devem ser feitos, para tentar aumentar as taxas de controle da doença, enquanto não há possibilidade de proporcionar chance de cura a estes pacientes.</p> <p><a href="http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/20375404" target="_blank">Para ver a referência e o resumo original deste estudo, em inglês, clique aqui.</a></p> André D. Sassehttp://www.blogger.com/profile/02939945438247496522noreply@blogger.com1